A era dos influenciadores digitais e seu impacto no mundo do marketing
Atualizado: 24 de jul. de 2020

Nos últimos anos, tivemos que nos acostumar com uma nova expressão que também corresponde a uma nova profissão: influenciador digital. Aos poucos, eles foram se multiplicando e acabaram por mudar de vez o mundo do marketing e a forma como as marcas se aproximam do seu público, promovendo o chamado marketing de influência.
Especialistas do mundo todo consideram esse tipo de marketing bastante vantajoso, por ser uma alternativa objetiva, já que o influenciador “conversa” direto com o público que a marca quer alcançar, trazendo através de seu depoimento autenticidade e validação com relação a uma marca, produto ou serviço sob o ponto de vista de consumidor.
Segundo uma reportagem da EuroNews, de Portugal, até 2022 as marcas vão gastar aproximadamente 400 milhões de euros com campanhas contando com influenciadores digitais, sendo que quase 80% dessas ações serão feitas no Instagram, uma das principais redes sociais da atualidade.
Tipos de influenciadores
No começo da era dos influenciadores, a preferência das marcas residia nos profissionais com mais seguidores, chamados de “influenciadores de alcance”.
Com a expansão desse mercado, as marcas começaram a avaliar outras variáveis para desenvolver ações que se alinhassem aos objetivos da empresa e ao perfil do influenciador.
Hoje, os influenciadores são categorizados de acordo com o nicho em que atuam e pelo alcance e engajamento que possuem, o qual é avaliado na maior parte das vezes por intermédio do número de seguidores ou inscritos.
Esse mercado evoluiu de tal maneira, que temos uma classificação dos tipos de influenciadores x seguidores:
Nanoinfluenciadores - entre 1.000 e 10.000 seguidores
Microinfluenciadores - entre 10 e 100.000 seguidores
Mesoinfluenciadores - entre 100 e 500.000 seguidores
Macroinfluenciadores - entre 500.000 e 1 milhão de seguidores
Megainfluenciadores - acima de 1 milhão de seguidores
Um mercado que está surgindo é o de influenciadores virtuais, que são robôs ou avatares. No Brasil, a empresa Magazine Luiza já “humanizou” a marca através de um robô, transformando a Magalu em uma influenciadora 100% 3D voltada para divulgar os produtos da empresa. Ela atua como qualquer outro produtor de conteúdo nas redes sociais, gerando interação com o público e sempre ligada em novas tendências, memes etc.
E sabe-se lá o que mais vem por aí.
O que é importante para as marcas?
Maior número de seguidores não quer dizer necessariamente o caminho natural para as marcas. Hoje em dia, outras coisas são levadas em consideração, como o nível de engajamento do influencer com seu público, o valor do investimento, a autoridade para falar sobre determinado assunto, a naturalidade para não parecer um conteúdo claramente patrocinado e até mesmo as atitudes do influenciador em sua vida pessoal. Afinal de contas, nenhuma marca que ser associada a alguém considerado má influência.
Isso é algo muito importante a se pensar, já que estamos vivendo a era do “cancelamento”, quando o público ataca determinada pessoa, na maioria das vezes famosas, por terem atitudes e opiniões que não são bem vistos. Cada vez mais, o grande público cobra posicionamentos e atitudes desses profissionais em relação a questões sociais e políticas.
Isso, é claro, deve impactar na parceria entre empresas e influencers, já que as marcas, estão se inteirando acerca de questões ambientais, sociais, econômicas etc. Se os influenciadores não abordarem esses assuntos, podem perder suas valiosas parcerias comerciais.
Novas Estratégias
As marcas enxergaram o potencial das redes sociais e hoje as utilizam cada vez mais em suas estratégias de marketing para ações de lançamento e divulgação dos seus produtos, seja através de influenciadores digitais ou até mesmo ações com envios de amostras grátis para o público consumidor.
Segundo pesquisa realizada pela Euromonitor em 16 países, incluindo o Brasil, o envio de amostras é o quarto maior influenciador para a compra de produtos, ficando atrás apenas de experiências anteriores, recomendações e preço.
E por recomendações podemos incluir as ações de influenciadoras.
Fato é que esse mercado é novo e sofrerá diversas transformações com o passar dos anos. O que não vai mudar é que os influenciadores digitais continuarão sendo uma forma criativa, objetiva e humanizada (mesmo que com robôs) de que as marcas dispõem para atingir seu público.
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